domingo, 6 de julho de 2008

A ASTROLOGIA EM PEQUENAS DOSES

A Astrologia
A Astrologia é uma linguagem simbólica para o estudo da Consciência.
Baseia-se no princípio "O que está em cima é como o que está em baixo..." e estuda a relação entre o Universal e o Individual. Este estudo tem como base a interpretação simbólica da posição relativa dos astros e da Terra.
A Astrologia permite-nos interpretar a nossa relação (o Individual) com o Todo (o Universal). Esta relação não é estática nem linear; desenrola-se no tempo. Por isso, só é compreendida na sua totalidade quando estudamos os seus vários momentos, ciclos e etapas.
Se tomarmos o indivíduo como o "centro", teremos esta dinâmica retratada no mapa natal. Contudo, nem só de indivíduos trata a Astrologia: a perspectiva pessoal (e o "mapa natal") é apenas uma, entre as múltiplas áreas de estudo que constituem este vasto corpo de conhecimentos.
A Astrologia parte de uma perspectiva geocêntrica (salvo raras excepções). Mesmo a faixa zodiacal, aparentemente exterior ao planeta, resulta de um factor terrestre: a órbita aparente do Sol ao redor do planeta.
Assim, todos os factores astrológicos vão ser intepretados segundo as suas posições vistas a partir da Terra (geocêntricas).
Em termos simbólicos, este é o primeiro passo para correlacionar directamente os eventos celestes (o que está em cima) com acontecimentos terrestres (o que está em baixo).
Na interpretação, leva-se em conta os planetas, segundo a sua posição por signo. Em Astrologia, os planetas têm um valor simbólico; o estudo dos planetas como corpos físicos é da área da Astronomia.
Outro importante factor de interpretação astrológica são as casas, que enquadram numa referência terrestre o acontecimento em análise.
Todos estes factores são interpretados e correlacionados, formando um todo único: um mapa astrológico. Deste, é possível extrair uma imagem simbólica, um padrão comportamental. Este aplica-se tanto aos seres humanos individuais como aos eventos colectivos.
O que é a Astrologia?
A Astrologia tem sido, desde sempre, alvo das mais estremadas reacções: alguns condenam-na totalmente, enquanto outros a aceitam sem questionar; poucos são os que lhe ficam indiferentes.
Contudo, qualquer destes extremos - tanto a recusa como a aceitação total - são fruto do mesmo desconhecimento. No meio termo fica quem sabe que, antes de acreditar ou condenar, importa compreender.
É este conhecimento que nos propomos descobrir nesta série de artigos dedicados à Astrologia.
Assim como é no Céu, é na Terra...
A Astrologia é o estudo da relação entre o Homem e o Universo, através da simbologia dos corpos celestes. Esta linguagem simbólica baseia-se no princípio da sincronia entre o Universo e o ser humano. Ou seja: "O que está em cima é como o que está em baixo..."
Os Astrólogos partem, portanto, do princípio que os acontecimentos da Terra (quer à escala individual, quer colectiva) reflectem a dinâmica representada nos céus. É a partir desta base que se desenvolve o conhecimento astrológico.
Importa acrescentar que a Astrologia é uma das mais antigas formas de Conhecimento. Tem atravessado séculos, civilizações e Eras.
Esta longa viagem tem deixado as suas marcas. Em determinadas fases da História da Humanidade, a Astrologia tem sido dignificada como linguagem reveladora da Alma Humana e do seu papel na Ordem Universal. Noutras fases, tem sido deturpada, espoliada do seu carácter "sagrado" e reduzida a simples "arte divinatória".
Em todas as épocas, contudo, a Astrologia conseguiu manter a capacidade de interpretar as necessidades e a dinâmica humanas.
Acreditar ou compreender?
Quando conhecemos a essência da Astrologia, compreendemos que não vale a pena condená-la, alegando uma suposta "invalidade científica".
Também não vale a pena aceitar totalmente a ideia de supostas "influências" celestes, como se de um dogma religioso se tratasse, e através deste dogma procurar explicar todos os acontecimentos da vida. Aliás, os "crentes" mal-informados acabam por ser ainda mais prejuciciais para a Astrologia do que os chamados "cépticos".
Vale a pena, isso sim, procurar entender as bases e ter pelo menos uma noção geral sobre o "funcionamento" da Astrologia. Só assim estarão reunidas as condições para, com pleno conhecimento de causa, formarmos uma opinião consistente sobre o assunto.
Como "funciona"?
Quando um astrólogo intepreta uma carta natal, "lê" um conjunto de símbolos. Este representam, entre outras coisas, a posição relativa dos planetas e signos. A partir da interpretação destes símbolos, vai compreendendo, a níveis cada vez mais profundos, a dinâmica interna do indivíduo ou acontecimento ali representado.. Por outras palavras: o astrólogo "lê" nos céus o que se passa na Terra.
Porque é que na interpretação astrológica, a posição dos astros nos céus representa a dinâmica interna de um ser humano ou de um acontecimento?
Porque é que as estrelas e os planetas, nos "falam" de coisas que se passam sobre a Terra? Em resumo: porque é que as estrelas "falam" de nós?
A interpretação astrológica parte do princípio de que "o que está em cima é como o que está em baixo". Significa isto que existe uma relação simbólica entre a posição relativa dos astros nos céus (o que está em cima) e a vida humana (o que está em baixo). É a relação entre o Todo e a Parte: o ser humano é, em pequena escala, um reflexo dos céus.
Influência ou símbolo?
Importa realçar que este conceito nada tem a ver com as supostas "influências" (gravitacionais ou outras) que os corpos celestes possam ter sobre a vida no nosso planeta. Não se trata de "raios misteriosos", tracções gravitacionais, radiações ou quaisquer outras "influências" que os planetas projectem sobre nós.
Em Astrologia, a relação entre o Todo e a Parte não é física mas simbólica.
Quer isto dizer que a posição relativa dos astros nos céus é, em si mesma, um símbolo: representa um momento específico, com toda a sua dinâmica de probabilidades. A pessoa que nasceu naquele momento, terá, portanto, uma relação directa com o que ali está representado. Ela é, de certo modo, uma "encarnação" daquele momento; é, por assim dizer, o momento em forma humana. Ao longo da vida, a pessoa irá "desenrolar" as probabilidades ali representadas e deparar-se com os obstáculos ali descritos.
Consciência e Liberdade
Existe ainda um terceiro - e importantíssimo - aspecto nesta equação: a consciência.
Assim, num mapa natal, é o grau de consciência pessoal que vai determinar até que ponto cada indivíduo está condicionado.
Quanto maior for o grau de consciência de si mesmo e do Todo, maior será a possibilidade de escolha pessoal, maior será o grau de liberdade (o tão falado livre-arbítrio) e menor será o condicionamento ditado pelo exterior (a velha questão da predestinação).
Compreender a relação entre o Todo, a Parte e a Consciência é, portanto, o primeiro passo para quem quer estudar Astrologia.
Por Helena Avelar e Luís Ribeiro
Como nasceu a Astrologia?
A Astrologia é considerada uma das mais antigas formas de conhecimento. A sua origem perde-se nos tempos.
Esta arte teve, provavelmente, a sua origem em tempos remotos quando a vida dos seres humanos estava intimamente ligada ao ciclos da Natureza.
A origem...
Num mundo de caçadores e recolectores, os ciclos mais importantes seriam os ciclos lunares e os das estações. Estes ciclos condicionavam a caça e o tipo de alimentos disponíveis.
A observação e estudo destes ciclos naturais levou o ser humano a criar todo um corpo de conhecimentos. A vertente simbólica e mística destes conhecimentos viriam a constituir as bases da Astrologia, enquanto o aspecto "matemático" constituiria, mais tarde, a Astronomia. Até muito tarde na história da humanidade estas duas vertentes do conhecimento foram indissociáveis.
Embora o vestígio mais antigo de observação Astrológica/Astronómica seja de 15.000 AC, a Astrologia, tal como a entendemos hoje, só começa a desenvolver-se com o sedentarismo causado pelo aparecimento da Agricultura (10.000 a 5.000 AC). A necessidade de compreender os ciclos torna-se vital para as colheitas. Com a atribuição de cargas simbólicas a estes ciclos, desenvolve-se toda uma mística e uma metafísica ao redor do estudo dos astros.
Período Mesopotâmico
Os primeiros astrólogos aparecem em 4.000 AC com o desenvolvimento das civilizações mesopotâmicas e egípcias no Médio Oriente. Começam nesta altura a desenvolver-se os métodos de observação e cálculo astronómico; paralelamente, desenvolvem-se também algumas das bases fundamentais da Astrologia, nomeadamente, o conceito de Zodíaco, as características planetárias e a atribuição das regências.
Os astrólogos desta época são conhecido por "caldeus", por grande parte deste conhecimento desenvolveu-se na Caldeia. Todo o panorama religioso é favorável ao desenvolvimento da Astrologia. Aliás, esta é praticada por sacerdotes, enfatizando o seu lado mágico, religioso e sagrado.
A Astrologia é utilizada para o estudo e previsão de eventos colectivos. Os horóscopos individuais raramente são utilizados; geralmente, são feitos apenas para os reis ou para figuras muito importantes para a nação.
Período Grego
Por volta de 700 AC a expansão das rotas de comércio e do contacto entre os povos leva a que muito do conhecimento filisófico, religioso e místico seja difundido. O interesse dos gregos pela Astrologia começa a crescer.
A civilização grega vai dar um grande impulso ao desenvolvimento da Astrologia. Figuras muito importantes, como Pitágoras, vão trazer do Médio Oriente todo um manancial de conhecimento que será apurado ao longo de séculos. Surgem nesta altura as teorias geométricas e as grandes bases filosóficas que sustentam a Astrologia moderna. Grandes pensadores gregos, como Anaximandro, Platão, Anaximenes e Aristóteles vão desenvolver a Astronomia e a Astrologia com a criação de modelos físicos e metafísicos do Universo.
Com os gregos, a Astrologia torna-se um estudo organizado e adquire um estatuto escolástico.
A civilização grega vai definir as bases filosóficas e promover a estruturação da Astrologia desenvolvida pelas civilizações do Médio Oriente. Até aqui a Astrologia tinha uma função religiosa que passa a ser substituída por uma abordagem mais intelectual e escolástica.
Nos séculos que antecederam o nascimento de Cristo, a Astrologia esteve principalmente centrada no estudo de determinados momentos e na análise de situações mundanas, cultivando uma carga muito fatalista e determinista.
Só na viragem do primeiro milénio da Era Cristã é que os horóscopos individuais passam a desempenhar um papel importante. Desenvolve-se a Astrologia Natal e com ela implementam-se e reestruturam-se uma série de conceitos, entre eles o Ascendente e as Casas Astrológicas.
O Novo Milénio
Nos primeiros séculos da Era Cristã surgem uma série de pensadores e de astrólogos. Escrevem-se muitos tratados e manuais. Destes estudiosos destaca-se Claudius Ptolomeu que na sua obra "Tetrabiblos" reune grande parte do conhecimento astrológico da época. Este livro vai tornar-se mais tarde uma das grandes bases da Astrologia Árabe e Europeia.
Com o crescimento do Cristianismo e queda do Império Romano (410 DC) surge duma forte corrente de anti-paganismo e a Astrologia torna-se pouco tolerada. Só determinadas abordagens são oficialmente toleradas embora a Astrologia continue a ser praticada na clandestinidade.
Com a constante hostilidade por parte da crescente religião cristã, a Astrologia refugia-se no mundo árabe.
Período Árabe e Medieval
A partir de 632 DC os Árabes vão tornar-se uma das grandes potências do mundo ocupando todo Médio Oriente, Norte de África e Europa.
Os Árabes vão reunir todo o conhecimento grego, sumério, babilónico e persa, entre outros. Eles vão preservar o conhecimento antigo e desenvolver a Arquitectura, Medicina, Astrologia/Astronomia, Filosofia, etc. Por volta 700 DC começam a surgir no mundo árabe grandes pensadores, cujas obras de Astrologia vão influênciar e modelar o pensamento Astronómico/Astrológico ocidental.
Com o avanço dos reinos do Norte sobre os territórios ocupados pelos Árabes inicia-se uma troca de conhecimento que vai permitir o desenvolvimento e a renovação da Astrologia no mundo cristão.
Muitas obras árabes e gregas vão ser traduzidas, e muito do conhecimento perdido é recuperado.
Os astrólogos conquistam um papel importante na sociedade, actuando como conselheiros junto dos reis e nobres. No entanto, os atritos com a Igreja continuam, atingindo o seu auge com o surgimento da Inquisição em 1536.
Declínio e Renascimento
O declínio da Astrologia começa a fazer-se sentir com a Inquisição e, mais tarde, o Iluminismo, o desenvolvimento da Razão e a chamada "abordagem ciêntifica". A separação final entre a Astrologia e a Astronomia dá-se em 1650. Ao deixar de ser ensinada na Universidade de Salamanca, em 1770, a Astrologia separa-se definitivamente do meio académico.
As tentativas de ajustar o conhecimento simbólico e metafísico da Astrologia à visão mecanicista do racionalismo científico, causa uma excessiva simplificação e, por consequência, uma perda de qualidade. Também a descoberta dos planetas Urano e Neptuno vai "destruir" a suposta perfeição do antigo sistema astrológico. Na tentativa de serem aceites, muitos dos astrólogos da época vão tentar explicar cientificamente a Astrologia, o que leva à deturpação os princípios fundamentais deste ramo do conhecimento.
Podemos, no entanto, encontrar neste tempo alguns nomes sonantes da Astrologia, como Jon Dee e William Lilly.

Na segunda metade do sec. XIX, ocorre um revivalismo do esoterismo e da espiritualidade no Ocidente. Muitos conceitos e ramos de conhecimento esotérico começam a ser estudados e recuperados. Entre estes encontra-se a Astrologia.
Infelizmente, com o aumento da popularidade da Astrologia, surgem também os primeiros almanques, que divulgam uma astrologia demasiado simplificada e "popular". Exemplo disso é o aparecimento do conceito do "signo solar" e os primeiros "horóscopos de revista".

Na passagem para o século XX surgem novas correntes de abordagem à Astrologia. Com o surgimento da Psicologia e o crescente interesse no desenvolvimento pessoal nasce a Astrologia Psicológica e a Astrologia Humanista.
A Astrologia na actualidade
A Astrologia tem acompanhado a Humanidade ao longo da sua evolução. Embora bastante debilitada com o advento do racionalismo e do materialismo científico, ela continua hoje, mais do que nunca, a ter um papel activo no desenvolvimento humano.
A visão clássica
Ao contrário do conceito mais divulgado, a Astrologia não é um conhecimento estático. Como qualquer campo do conhecimento humano, está em constante evolução, adaptando-se às necessidade do ser humano e às correntes de pensamento da época.
A Astrologia começou por ser um conhecimento do foro religioso, místico e iniciático. A sua função era dar ao ser humano uma linguagem que lhe permitisse relacionar-se com as verdades ocultas e metafísica do Universo.
Mais tarde, na era de ouro da Filosofia grega as verdades metafísicas nela contidas são aprofundadas e estruturadas na sua forma actual.
Apesar de tudo, sempre existiu uma vertente mais popular da Astrologia. Para as massas, o seu lado "divinatório" e "preditivo" foi sempre muito enfatizado. Devido à incapacidade de compreensão metafísica do ser humano comum (ainda hoje notável) a prática da Astrologia reduziu-se desde muito cedo a presságios fatalistas e predestinações sinistras. Isto é, como facilmente se compreende, uma tremenda deturpação da sua verdadeira natureza.
Nesta abordagem da Astrologia, o ser humano não era muito importante. O seu objecto de análise eram os momentos (favoráveis ou desfavoráveis) e os acontecimentos mundanos. Predominavam as vertentes Horária e Mundana da Astrologia. Sobre estas, falaremos mais tarde.
A importância do indivíduo
Actualmente, o ser humano é, sem dúvida, considerado o centro do Universo. Muito do pensamento e das ideologias actuais vão centrar-se na importância do indivíduo e do seu bem estar. Este tipo de pensamento, no entanto, não é nenhuma novidade: ele já era tema de discussão das grandes mentes do planeta, milénios antes da nossa era. No entanto, só agora ele chegou às massas.
Esta perspectiva de centragem no ser humano modificou grandemente as artes e ciências. A Astrologia não é excepção. Com o aparecimento da Psicologia e das Ciencias Sociais, na viragem do sec. XIX, vão surgir na Astrologia movimentos ideológicos que apelam para o seu uso como "ferramenta de auto conhecimento". Adapta-se, então, a linguagem psicológica à Astrologia, e surge uma excelente ferramenta de aconselhamento.
Esta perspectiva vai influenciar e determinar todas as linhas de desenvolvimento da Astrologia no Sec. XX. Desenvolvem-se as linhas Humanista e Psicológica.
A Astrologia Natal, que estuda o horóscopo indivídual, torna-se a forma mais praticada, relegando para uma posição mais secundária outras linhas, como a Mundana e a Horária.
A Espiritualidade e o "New Age"
Nos anos 60, há um florescer de toda uma cultura pró-espiritual que surge de uma "migração" de conhecimento oriental para o Ocidente. Começa a falar-se de temas como reencarnação, karma, meditação, Yoga.
Este influxo de novas ideias vai afectar também a Astrologia. Enfatiza-se a Astrologia "kármica" e a Astrologia Espiritual ou Esotérica começa a dar os primeiros passos.
No entanto, há que realçar que a maior parte das bases espirituais da Astrologia foram perdidas ou esquecidas à 1500 anos atrás. Todos os actuais conceitos esotéricos foram reconstruídos recentemente. São ainda um pálido reflexo da verdadeira essência desta arte. As ilações que se fazem actualmente são muitas vezes "colagens" feitas por indivíduos que, por muito boa vontade que tenham, não possuem um verdadeiro conhecimento esotérico.
O terceiro milénio
Na véspera do Sec. XXI a Astrologia enfrenta grandes desafios e perigos.
A sua crescente popularidade faz com que muitas opiniões baseadas em escassos conhecimentos sejam tomadas por Astrologia séria. Abundam os chamados "astrólogos de fast-food" que, baseando-se em "receitas" e interpretações computorizadas, apenas contribuem para o simplismo e deturpação de verdades muito profundas. Além disso a moda das terapias alternativas fez surgir nesta classe uma série de pseudo-terapeutas mal preparados cuja prática põe em perigo os seus pacientes.
Urge na actualidade tornar a Astrologia num corpo coeso de conhecimentos, evitando a sua degradação. Felizmente, paralelamente à degradação, existem movimentos de recuperação e de estudo sério desta arte. A actual crise do materialismo científico, provocado pelo aparecimento da "visão quântica" e da relatividade, fez com que a necessidade de "explicação ciêntifica" que prendia muito do avanço da Astrologia Moderna esteja a diminuir.
Vamos ver, então, o que o "futuro nos reserva".
Os Ramos da Astrologia
Um corpo de conhecimentos tão vasto como a Astrologia tem uma tendência natural a especializar-se em vários "ramos". Estes definem-se de acordo com o objecto de estudo em questão. Este "objecto" pode ser um ser humano, um evento político, um questão específica, um problema de saúde, etc.
Em qualquer dos ramos astrológicos, o horóscopo é sempre a ferramenta base. Contudo, o modo como é calculado pode mudar; o mesmo acontece com as técnicas de interpretação e o significado prático dos seus componentes.
Quais são então os principais ramos da Astrologia? Eis alguns dos principais.
A Astrologia Natal
Este é o ramo mais utilizado actualmente, de tal modo que eclipsou os restantes ramos. O seu objecto de estudo é o ser humano. O mapa utilizado é o mapa de nascimento (ou mapa natal) calculado para a data, hora e local de nascimento. Considera-se o momento de nascimento aquele em que o bébé respira pela primeira vez.
Hoje em dia, este tipo de Astrologia assumiu um carácter de estudo psicológico. O objectivo desta abordagem é auxiliar o indivíduo no seu auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal. Antigamente este tipo de Astrologia era mais raro (pois raramente existia um registo da hora de nascimento) e possuia uma abordagem mais preditiva e fatalista.
A Astrologia Mundana
Esta é a Astrologia dos grandes acontecimentos e dos movimentos colectivos. É considerada a mais nobre de todas as Astrologias, pois estuda o Macrocosmos, os designios da divindade e o desenrolar do plano divino.
Este ramo é muito complexo e tem vários níveis de abordagem. Ele incluí outros ramos dos quais se destaca a Astrologia Política, que estuda os mapas de paises e os eventos políticos. Estuda também as influências cíclicas, os grandes alinhamentos, os eclipses e, em geral os factores de grande impacto, capazes de afectar a Humanidade como um todo.
A Astrologia Horária
Esta vertente da Astrologia foi no passado a mais utilizada. A sua filosofia diverge um pouco das restantes: procura das resposta directa a perguntas específicas. Para tal, estuda-se o "mapa natal" do momento em que a pergunta é feita, acreditando encontrar-se nele, através da Lei da sincronicidade, a própria resposta. Rege-se por regras e simbolismo muito específicos.
Esta Astrologia sempre foi bastante questionada, não devido aos seus princípios, mas devido ao seu uso abusivo com sistema divinatório, de que foi vítima ao longo da eras.
Neste ramo inclui-se a Astrologia Electiva cujo objectivo é tentar encontrar o melhor momento para um evento ocorrer (por exemplo: uma coroação de um rei, a fundação de uma empresa, etc.)
A Astrologia Médica
Este ramo tem como objectivo tentar compreender as condições médicas de um indíviduo. É, no fundo, uma especialização combinada da Astrologia Natal e da Horária, pois emprega métodos de ambas. Aqui os factores astrológicos são interpretados como partes do corpo (os Signos), funções fisiológicas (os Planetas) e áreas de expressão (as Casas).
Esta Astrologia caiu em desuso com o aparecimento da Medicina moderna. Actualmente parece estar a sofrer um revivalismo devido ao ressurgimento das chamadas "medicinas alternativas"
A linguagem dos arquétipos - A mandala astrológica
Um horóscopo é uma mandala: é um símbolo composto por vários outros símbolos. Esta mandala representa o céu, visto a partir da Terra, num determinado dia, hora e local. No entanto, há que ter em conta que os corpos celestes ali representados devem ser encarados mais como princípios simbólicos do que como corpos físicos.
Em Astrologia, cada elemento do mapa tem um significado muito rico.
Os símbolos revelam-se progressivamente a quem sabe interpretá-los. A primeira fase de compreensão é de carácter intelectual: compreendemos o significado geral. Passamos depois a uma aproximação "emocional", em que nos deixamos tocar pelo conceito representado. Finalmente, o símbolo começa a "falar" à nossa intuição. E quando chegamos a este estágio, descobrimos que, afinal, ainda nos falta muito mais para descobrir!
O mais interessante é que, apesar de toda a sua riqueza e mistério, os símbolos atribuídos aos planetas e signos têm mantido muitas semelhanças ao longo dos séculos. Assim, por exemplo, o planeta Vénus, que recebeu o seu nome actual da deusa romana da beleza e do amor, foi em tempos chamado Ishtar, que é o nome de uma outra deusa, também ela associada à sensualidade e à beleza física. O nome muda, os pormenores mudam, a ideia mantém-se.
Como é possível que várias culturas, separadas por milhares de quilómetros e existindo em épocas diferentes, tenham atribuído aos mesmos factores astrológicos uma simbologia tão semelhante?
Os Arquétipos
A resposta a esta questão leva-nos directamente ao Inconsciente Colectivo, onde surgem os arquétipos. É no Arquétipo - palavra grega que significa tipo ou modelo primordial - que os símbolos têm a sua fonte e raíz.
Por estarem tão profundamente radicados no nível colectivo do inconsciente humano, estes arquétipos pouco mudam com o passar dos tempos e com a evolução das culturas. Contudo, não são estáticos e muito menos estagnados. Pelo contrário, renovam-se a cada momento e a cada momento ressurgem, sempre sob novas aparências, em cada época, em cada cultura e em cada país.
O estudante atento poderá reconhecer, subjacente às diferentes aparências, a raíz primordial.
Estes arquétipos (fonte de todos os símbolos) são, portanto, as "palavras" da linguagem astrológica. Por estar enraizada no próprio inconsciente colectivo, esta linguagem é intemporal e perene. É comum a todos os seres humanos, independentemente da suas raízes culturais, religiosas ou étnicas.
A Astrologia fala-nos, portanto, dos grandes temas de Humanidade, daquilo que está subjacente a todas as culturas e épocas: a consciência do ser humano e do seu papel no Universo.
O Horóscopo
A palavra Horóscopo significa em grego "considerar os céus" ou "ver a hora". Para fazer o horóscopo ou mapa natal, os astrólogos consideram, portanto, a posição relativa dos astros nos céus (entre outros factores) num dado momento.
Como já referimos, o horóscopo representa o aspecto do céu, visto a partir da Terra, num determinado dia, hora e local. O mapa natal é, portanto, uma representação bidimensional do conjunto dos corpos celestes do Sistema Solar e das estrelas que formam o Zodíaco.
Em termos muito simplificados, diríamos que o que está representado num mapa natal pode resumir-se em três palavras: signos, planetas e casas. Existem muitos outros factores astrológicos, mas estes são, sem dúvida, os principais.
Os doze signos astrológicos são os factores primordiais do mapa. Eles constituem doze "modos" ou "estados do ser", através dos quais a natureza humana se manifesta. Estes signos formam uma "cintura", que tem o nome de Zodíaco (em grego: "roda da Vida" ou "círculo de animais"). Quando observamos os planetas a partir da Terra, estes parecem movimentar-se ao longo desta "cintura".
Existem dez corpos celestes que em Astrologia recebem a designação genérica de "planetas": Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno, Plutão e ainda os Luminares: o Sol e a Lua. (Alguns astrólogos utilizam também o planeta Terra como factor de interpretação).
Em Astrologia, considera-se que a designação de "planeta", que em grego quer dizer "corpo errante" (ou seja: em movimento), se aplica a todos os corpos que circulam através do Zodíaco, incluíndo o Sol e a Lua.
A perspectiva actual da Astrologia, considera que os planetas representam "funções" ou aspectos da natureza humana. Eles mostram partes de nós, aspectos da nossa natureza. A Lua, por exemplo, simboliza as necessidades e os apegos emocionais, enquanto Marte diz respeito à capacidade de acção e à afirmação pessoal.
Quanto às Casas Astrológicas, são projecções geocêntricas, calculadas a partir do horizonte. Simbolizam as doze áreas de vida onde vamos viver os temas indicados pelos signos, através dos aspectos indicados pelos planetas. Por exemplo: se tivermos o planeta Vénus no signo de Gémeos e na Casa VII, podemos inferir que a nossa função afectiva e relacional (Vénus) está a expressar um tema de comunicação, troca de ideias e curiosidade (Gémeos) na área dos relacionamentos (Casas VII). Assim, podemos concluir várias coisas: que temos a capacidade de nos relacionarmos de forma viva, rápida e "cerebral"; que procuramos parceiros com estas características; que a nossa curiosidade e versatilidade relacional nos levam a ter várias relações ou ainda que somos demasiado "leves" e descomprometidos para ter uma relação séria! Claro que todos estes factores são apenas um aspecto da nossa natureza. Este aspecto deverá ser comparado com o resto do mapa natal, para termos uma ideia correcta.
Assim, podemos comparar o mapa natal a uma peça de teatro: os Signos seriam os "papéis" que nos compete desempenhar; os Planetas seriam os "actores" que os desempenham, enquanto as Casas são os "palcos" ou áreas de vida onde vivemos esses papéis.


Existe ainda um quarto factor: os aspectos, que são os ângulos formados pelos planetas entre si, vistos (mais uma vez) do ponto de vista terrestre. São geralmente representados por linhas no centro do mapa. Dizem-nos o tipo de relacionamento que os planetas (os factores da personalidade) têm entre si. Na comparação da peça de teatro, seriam os diálogos entre os vários actores.



Os Quatro Elementos
Um dos principais conceitos-chave para a Astrologia é o de Elemento. Os Elementos são os componentes básico da estrutura do Universo. Eles representam os estados de energia fundamentais da manifestação.
Em Astrologia consideramos quatro Elementos: a Terra e a Água, de polaridade feminina ou Yin e o Fogo e o Ar, de polaridade masculina ou Yang.
Podemos descrever cada elemento do seguinte modo:

Fogo: este Elemento expressa-se por actividade, energia e busca de conhecimento e identidade. A acção é o factor base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando excessivo.

Terra: este é o Elemento da concretização, da tomada de forma, da densidade e peso. Ele dá uma estrutura concreta a todas as coisas, confere solidez e substância quando moderado. Mas é também o Elemento que prende, rigidifica e limita quando excessivo.

Ar: é o Elemento da comunicação, da ligação. É ele que conceptualiza, relaciona, idealiza e explica o Universo. Utilizado correctamente ele dá a capacidade da palavra, o poder criador, leve e fluído do pensamento. Utilizado em excesso origina dispersão, nervosismo mental e uma comunicação errática, vaga e descontrolada.

Água: este é o Elemento da emotividade e sentimento. Ele amolece a rigidez da Terra, controla e regula o poder do Fogo e dá sentimento á comunicação do Ar. Utilizado de forma controla dá sensibilidade, intuição, empatia. Em excesso, origina sentimentalismo exagerado, pieguice, histeria emocinal, descontrole e confusão.
Os Elementos Yang têm um relacionamento fácil, dizemos que são compatíveis por serem da mesma polaridade. O mesmo acontece entre os dois Elementos Yin. No entanto a combinação entre elementos de polaridades opostas é conflituosa.
Os Elementos também se complementam entre si, existindo Elementos diametralmente opostos. Ao Elemento Fogo opõe-se a Água, ao Elemento Ar opõe-se a Terra e vice versa. Ao oporem-se estes Elementos vão criar uma complementariedade entre si, tal como pólos magnéticos de um íman.
Qualidades ou modos
A trama do Universo é contudo mais complexa e não se compõe somente de combinações entre Elementos. A cada Elemento (ou energia base) pode ser incutido um tipo de movimento. Em Astrologia chamamos a estes factores Qualidades ou Modos.
Exitem três tipos de movimento ou qualidade:
Cardinal: o início do movimento. Representa o impulso, a afirmação, o movimento que começa todos os outros e proporciona a compreensão da actividade do Elemento.
Fixo: a estabilização do movimento. Aqui tudo pára, define-se e estabiliza obrigando a uma profundidade de percepção do Elemento.
Mutável: a transformação do movimento. Este é o modo que altera, "muta" o estado de expressão do Elemento, obrigando-o a rever-se e a relativizar-se.
Ao combinarmos os Elementos com as Qualidades surgem doze combinações possíveis: Os 12 Signos do Zodíaco.
Elemento: Qualidade: Signo:
Fogo Cardinal Carneiro
Terra Fixo Touro
Ar Mutável Gémeos
Água Cardinal Caranguejo
Fogo Fixo Leão
Terra Mutável Virgem
Ar Cardinal Balança
Água Fixo Escorpião
Fogo Mutável Sagitário
Terra Cardinal Capricórnio
Ar Fixo Aquário
Água Mutável Peixes
Como podemos ver na tabela existem três Signos de cada Elemento, a cada uma destas tríades chamamos Triplicidade. Temos então Triplicidades de Fogo, de Terra, Ar e Água.
As Qualidades distribuem-se por quatro Signos - Quadruplicidades. Temos então a Quadruplicidade Cardinal, a Fixa e a Mutável.


O Fogo é o elemento mais masculino: é yang, quente e seco.
Os signos de Fogo são o Carneiro, o Leão e o Sagitário.
Os três signos de Fogo têm em comum as características do elemento: expansão, optimismo, afirmação, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira.
Assim, o Fogo do Carneiro poderia ser representado por uma faísca ou por um fogo de palha: acende-se rapidamente mas também se apaga depressa.
O Fogo do Leão seria a labareda de uma grande fogueira ou o fogo do próprio Sol: brilha com intensidade e constância, é bem visível e deslumbrante.
O Fogo do Sagitário poderá ser comparado ao fogo de uma vela ou ao de uma chama de altar: é um fogo controlado, serve um propósito mais definido e exterior ao "eu".
Este elemento simboliza o espírito, os planos superiores, a vitalidade, a identidade pura. Relaciona-se com a função da Intuição: entusiasmo, paixão e individualismo.
A predominância do elemento Fogo num mapa natal sugere um indivíduo enérgico, apaixonado, auto-expressivo, activo, intenso, alegre e com uma fé natural e espontânea na vida.
Quando existe excesso deste elemento, estamos perante um ser exagerado, incomodativo, pouco sensível e egocêntrico.
A falta de Fogo pode, por seu turno, indicar uma pessoa desalentada, "apagada", que raramente se entusiasma, dificilmente acredita e que tem medo de se afirmar.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo elemento.


A Terra é um elemento moderadamente feminino: é yin, frio e seco.
Os signos de Terra são o Touro, a Virgem e o Capricórnio
Os três signos de Terra têm em comum as características do elemento: objectividade, capacidade de realização, sentido prático, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira.
A Terra do Touro é comparável à terra da Primavera, cheia de sementes em germinação e de pequenos organismos: é rica, fértil, fervilhante de vida.
A Terra da Virgem seria a dos campos depois das colheitas: solta e repousada depois de ter dado os seus frutos, receptiva a futuras sementeiras.
A Terra do Capricórnio é a terra do Inverno: aparentemente dura, gelada e árida, guarda em si, secretamente, as sementes que germinarão na Primavera seguinte.
Este elemento simboliza as sensações e a identidade através destas. Corresponde à função da Sensação/Experiência: segurança no que é sólido, objectividade, acção, pensamento concreto, o corpo, substância, matéria.
Quando existe muita Terra no mapa, estamos perante um indivíduo prático, objectivo, com uma boa noção do real, estável e responsável.
Excesso deste elemento pode indicar algum materialismo, tendência à valorização da posse e excessiva ligação aos sentidos (percepção física das coisas).
A falta de Terra leva a uma perda de contacto com a realidade, falta de sentido prático e incapacidade de prover as próprias necessidades físicas e materiais.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo elemento.

O Ar um elemento moderadamente masculino: é yang, quente e húmido.
Os signos de Ar são os Gémeos, a Balança e o Aquário.
Os três signos de Ar têm em comum as características do elemento: comunicação, troca de ideias, tendência para os relacionamentos sociais, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira.
Assim, o Ar dos Gémeos poderá ser comparado ao de um pequeno remoinho: é rápido, ligeiro, instável.
O Ar da Balança seria, um vento de fim de tarde: tranquilo, descansado, gentil.
O Ar do Aquário poderia ser comparado ao de um vento das altas camadas atmosféricas: forte, direcionado, capaz de alcançar longas distâncias.
O Ar simboliza as ideias colectivas, a intelectualidade, a identidade através dos relacionamentos. Tem a ver com a função do Pensamento: sociabilidade, comunicação mental, leve, penetrante e relacional.
Uma forte ênfase de Ar num mapa natal indica uma pessoa que gosta de comunicar, de partilhar ideias, é muito virada para a vida social e com a capacidade natural de ajustar o seu "eu" aos dos outros.
Demasiado Ar num mapa natal pode revelar excessiva intelectualização, gosto pelos contactos "mentais" e tendência para "viver no mundo das ideias", com uma tendência a ser "cerebral" e pouco contacto com a realidade física.
A falta do elemento Ar, por seu turno, indica alguém com dificuldade em racionalizar e conceptualizar, falta de pensamento abstracto, pouca curiosidade e deficiente capacidade relacional.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo elemento.

A Água é o elemento mais feminino. É yin, frio e húmido.
Os signos de Água são o Caranguejo, o Escorpião e os Peixes.
Os três signos de Água têm em comum as características do elemento: recolhimento, memórias, sentimento, etc, mas cada um deles vai vivê-las à sua maneira.
A Água do Caranguejo, por exemplo, seria comparável à dos lagos tranquilos cheios de vida ou às "águas" do útero materno, onde o bebé vive durante os nove meses de gestação: é nutriente, maternal e protectora.
A Água do Escorpião seria a dos pântanos, a retorta do alquimista ou a do caldeirão da bruxa: é misteriosa, secreta, pode ser destrutiva ou profundamente transformadora.
A Água dos Peixes seria á do próprio mar imensa, abrangente, total, variável, incontrolável, fonte de vida e de morte.
A Água simboliza o inconsciente, o irracional, o caos. Relaciona-se com a Função do Sentimento/Emoção: preservação, fertilidade, osmose, sensibilidade, esfera psíquica, renovação, ligações, memórias.
Uma preponderância deste elemento num mapa natal tem uma tendência natural à simpatia, compreensão, sintonia, imaginação, nutrição física e emocional, protecção e comunhão.
Excesso deste elemento indica uma intensa ligação ao passado, alienação das emoções, dificuldade em expressar os sentimentos (por ficar "afogado" neles) e medo de ficar excessivamente envolvido nas ligações emocionais.
A falta deste elemento leva a uma dificuldade de estabelecer laços afectivos, medo das emoções, a pessoa pode ter dificuldade em identificar os próprios sentimentos e necessidades afectivas e ser totalmente "impermeável" aos sentimentos alheios.
Nota: Para determinar o excesso ou a falta de um elemento num mapa natal há que ter um conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o Ascendente) nos signos e também nas casas. Por vezes, a falta de energia nos signos de um determinado elemento pode ser compensada pelas casas ligadas ao mesmo elemento.
A Combinação de Elementos
Num mapa astrológico, os Elementos nunca se manifestam em estado "puro". Ninguém pertence exclusivamente a um só elemento. No mapa astrológico estes aparecem combinados em várias proporções. A interpretação desta combinação elemental dá-nos a base das tendencias comportamentais de um indivíduo.
Como interagem os Elementos num mapa natal?
O resultado da combinação de Elementos depende da natureza dos próprios elementos. O esquema seguinte apresenta as diversas possibilidades de relacionamento:
Os Elementos da mesma polaridade são os que apresentam a combinação mais fluída pois têm origens semelhantes. Assim os Elementos Yang - Fogo e Ar - tem uma relação naturalmente fluente. Se fizermos a analogia com os elementos físicos, veremos que o Ar alimenta o Fogo e este dá movimento e energia ao Ar.
Os Elementos Yin - Água e Terra - são igualmente compatíveis. A Terra suporta e dá forma à Água e esta alimenta e fertiliza a Terra.
Noutro extremo, temos as relações tensas. Estas ocorrem em Elementos de caracteristicas totalmente opostas, ou seja entre Fogo (quente e seco) e Água (fria e húmida) e também entre Ar (quente e húmido) e Terra (fria e seca). O Fogo evapora a Água e esta apaga o Fogo, o Ar e a Terra têm "densidades" completamente opostas, pelo que têm dificuldade em interagir.
No termo intermédio temos as relações moderadas, em que os Elementos envolvidos são basicamente incompativeis mas, ainda assim, têm algo em comum: Fogo e Terra (ambos secos) e Ar e Água (ambos húmidos).

Como "funcionam" estas combinações no plano psicológico?
Fogo e Ar - Indivíduos dinâmicos, muito "acelerados", com grande actividade mental mas dificuldade em trazer as idéias à "terra".

Fogo e Terra - Grande poder de concretização e estabilidade. Muito direcionados para os resultados das sua acções, mas correndo o risco de serem pouco sentimentais e pouco sensíveis.
Fogo e Água - Seres emocionalmente intensos, passionais. Dividem-se entre a expressão radiante das suas emoções e periodos mais introvertidos e sentimentais.
Ar e Água - Sonhadores, sentimentais e românticos mas com pouco sentido prático e muitas vezes perdidos no seu mundo de sonho.
Ar e Terra - Expressão primariamente mental e racional dando origem muitas vezes a uma abordagem "cerebral" e pouco sentimental da vida.
Terra e Água - Sensibilidade, estabilidade e uma natureza introvertida e calma que pode muitas vezes originar uma grande inércia.
Como saber que combinação está presente num mapa natal?
É necessário realçar que estas combinações resultam de uma "soma" dos vários factores astrológicos de uma mapa astrológico. Muitas vezes a "pesagem" de elementos é muito complexa sendo difícil perceber qual o elemento dominante ou qual a combinação presente.
Um exemplo de pesagem muito simples seria a combinação Sol - Lua - Ascendente. Mas mesmo esta pode ser desiquilibrada pelos restantes planetas.
O Modos ou Qualidades
Em Astrologia existem três estados possíveis para cada Elemento: Cardinal, Fixo e Mutável. Estes estados caracterizam o tipo de acção ou "movimento" que o elemento apresenta. Cada um dos signos resulta, portanto, da combinação entre um Elemento - Fogo, Terra, Ar ou Água - e um Modo - Cardinal, Fixo ou Mutável.
Estes três modos de movimento representam as três qualidades da matéria segundo a metafísica: Rajas - Actividade, Tamas - Inércia, Sattva - Equilíbrio.
Representam as três fases da energia: o impulso inicial (Cardinal), a estabilização e concentração (Fixo) e a transformação e adaptabilidade (Mutável).

Como surge esta divisão?

Para melhor compreender estes três modos, podemos compará-los às estações do ano: ele representam o princípio, meio e fim de uma sequência sazonal. Cada uma das quatro estações (Primavera, Verão, Outono e Inverno) divide-se em três tempos, ou melhor, em três signos.
O primeiro signo é sempre Cardinal, pois representa o impulso inicial que começa a estação.
O signo seguinte representa o meio da estação e é aquele que melhor a define (ou "fixa"); temos então um signo Fixo.
O último momento é o de transição entre duas estações, temos então um signo Mutável, durante o qual a estação "muda".
Assim, as Primavera, por exemplo, teria início com o Carneiro, seria fixada em Touro e mudaria em Gémeos. A sequência repete-se para as restantes estações. (Falaremos deste assunto, com mais pormenores, nos próximos artigos).
Os modos também são conhecidos por Quadruplicidades, pois existem quatro signos de cada modo.
Cardinal: Carneiro, Caranguejo, Balança e Capricórnio
Todos estes signos marcam o início de uma estação. Todos se caracterizam pela necessidade de iniciar coisas. São geralmente impulsivos e activos. Cconcentram-se no imediato e no momento. Dão mais importancia ao movimento do que ao resultado.
Fixo: Touro, Leão, Escorpião e Aquário
Estes signos marcam o meio das estações. Todos apostam na estabilidade e necessitam de bases sólidas. Têm tendência à permanência, sendo por vezes um pouco inertes. Resistem à mudanças mas, quando se "movimentam" ou transformam, fazem-no com grande intensidade.
Mutável: Gémeos, Virgem, Sagitário e Peixes

Este quatro signos surgem no fim das estações. Têm em comum uma forma de estar variável e "instável", como resultado da sua necessidade de adaptação. Mudam constantemente de forma de expressão, oscilando entre o extremamente preciso e o incrivelmente vago.
Note-se que estas caracteristicas base são alteradas e "mascaradas" pelos Elementos presentes no mapa astrológico. Tal como para estes, uma análise das Qualidades ou Modos requer um "contagem" dos planetas em cada signo.
O Modo Cardinal
O Modo ou Qualidade Cardinal indica acção, actividade, afirmação, assertividade e energia direccionada. A abordagem é lenta e segura: precisa de um tempo para assimilar novos acontecimentos e situações,
Os signos cardinais são o Carneiro, o Caranguejo, a Balança e o Capricórnio.
A presença de energia Cardinal num mapa astrológico dá-nos a noção da capacidade de impulso e de iniciativa desse indivíduo. É o motor da energia pessoal. Os processos mentais manifestam-se de forma franca e simples, passando facilmente do plano das ideias ao da acção.
Excesso de Modo Cardinal indica actividade, impulsividade, impaciência, dificuldade em respeitar limites, recursos e pessoas. Há uma grande actividade, que começa muitos projectos, mas dificilmente acaba algum.
Falta de Cardinal sugere falta de iniciativa, dificuldades em agir e pôr as coisas em movimento.
No Carneiro, signo de Fogo, a energia Cardinal manifesta-se primariamente na área da individualidade, do ser: é a identidade (Fogo) em acção (Cardinal). A expressão da identidade é directa, franca, aberta e imediata. Quando em desequilíbrio pode também ser demasiado activa, agressiva, susceptível, incapaz de entender o ponto de vista alheio e de fazer compromissos.
No Caranguejo, signo de Água, a actividade Cardinal tem como área de expressão a vida afectiva, as memórias e os sentimentos: é o sentimento (Água) em acção (Cardinal). A expressão é geralmente reservada e defensiva mas, quando ameaçada, pode tornar-se extremamente agressiva.
Na Balança, signo de Ar, o tom Cardinal manifesta-se sobretudo a nivel da comunicação e dos relacionamentos: é a relacionalidade (Ar) em acção (Cardinal). Tendo como motor os relacionamentos (tanto pessoais como sociais), a energia Cardinal pode tornar-se muito activa no estabelecimento de pontes e vias de comunicação. Em excesso, pode ser inconsequente e superficial, por ser demasiado focado nos relacionamentos, esquecendo o propósito dos mesmos.
No Capricórnio, signo de Terra, o tema Cardinal vai manifestar-se através do que é físico, experienciável, prático, mensurável: é a acção (Cardinal) concreta (Terra). Há uma necessidade de estruturação, planeamento e actividade estratégica. Em excesso, pode gerar uma actividade muito rígida, demasiado virada para os fins mas sem olhar a meios, e "materialista" (focada na forma exterior e não na essência das coisas).
O Modo Fixo
O Modo ou Qualidade Fixa indica concentração, fixidez, necessidade de segurança e de "saber onde pisa".
Os signos fixos são o Touro, o Leão, o Escorpião e o Aquário.
A presença de energia Fixa num mapa astrológico mostra-nos uma forte motivação para a segurança, a defesa e o auto-controlo. Há uma certa rigidez e alguma dificuldade em fazer compromissos ou ceder.
Excesso de Modo Fixo sugere reacções lentas, receosas, defensivas, muito controladoras e fechadas. Há tendência para manter tenazmente os seus pontos de vista, sendo por vezes incapaz de compreender outras ideias e perspectivas.
Falta de energia Fixa pode indicar pouca estabilidade, insegurança, medos e, por vezes, em certo grau de descontinuidade afectiva: é difícil manter o mesmo nível de interesse e motivação nos relacionamentos.
O Touro, signo de Terra, é fixo ao nível da experiência concreta: procura segurança na vivência do que é palpável, sólido, passível de ser possuído. Aproveita os prazeres da vida mas receia largar o que possui (quer a nível material, quer na área das ideias e dos relacionamentos). Pode tornar-se muito apegado e "avarento".
O Leão, signo de Fogo, é fixo ao nível da identidade: procura segurança na auto-expressão exuberante, viva, expansiva. É muito criativo e generoso mas não quer abandonar o seu "teatro", por medo de perder a personalidade. Pode tornar-se demasiado teatral e exibicionista.
O Escorpião, signo de Água, é fixo ao nível emocional: procura segurança no reviver de emoções intensas, mesmo as mais dolorosas e negativas. Vive de forma intensa e profunda mas teme "largar" velhas emoções e sentimentos, por receio de perder-se e de ficar "vazio". Corre o risco de se tornar rancoroso, amargo ou mesmo destrutivo.
O Aquário, signo de Ar, é fixo ao nível das idéias: procura segurança em ideologias e pontos de vista. Tem dificuldade em largar as suas ideias e não se deixa "convencer", para não ser "privado de liberdade e autonomia". Goza de grande liberdade e originalidade de pensamento mas pode tornar-se teimoso, excêntrico e "rebelde sem causa".
O Modo Mutável
O Modo ou Qualidade Mutável indica variedade, dispersão, adaptação, experimentação e flexibilidade.
Os signos Mutáveis são os Gémeos, a Virgem, o Sagitário e os Peixes.
A presença de energia Mutável num mapa astrológico indica vivacidade, curiosidade e poder de síntese. Há uma tendência natural para a adaptação e para a experiência directa: é muito virada para a aprendizagem.
Excesso de modo Mutável pode revelar falta de concentração, desgaste nervoso e dificuldade em levar os projectos até ao fim.
Falta de Mutável sugere pouca curiosidade, pouca motivação para a troca de ideias e um certo grau de estagnação intelectual.
Devido à sua grande adaptabilidade e poder de sínrtese, os Signos Mutáveis podem, em certas situações, apresentar caracterísicas do seu oposto polar. Assim, Gémeos pode "trocar de papéis" com Sagitário, o mesmo acontecendo entre Virgem e Peixes.
Para os Gémeos, signo de Ar, a mutabilidade expressa-se através dos relacionamentos e das trocas intelectuais: é a aprendizagem das ideias e do quotidiano. Relaciona-se com o estabelecimento de "pontes" e de vias de comunicação. É muito curioso e diversificado mas, se se apegar demasiado à variedade, pode tornar-se fútil, instável, superficial e pouco profundo.
Na Virgem, signo de Terra, a energia Mutável manifesta-se através do que é concreto e palpável: é a apredizagem do trabalho e do serviço. Funciona de forma meticulosa, procurando sempre a exactidão e a correcta funcionalidade das coisas. O seu desejo de perfeição pode, contudo, gerar criticismo desnecessário, que leva à perda da visão global das situações.
A qualidade Mutável do Sagitário, signo de Fogo, expressa-se sobretudo através da expressão da identidade: é a aprendizagem do Ser. Procura identificar-se com algo maior: um sistema de referências social, ético ou religioso. Esta procura, que o leva a horizontes mais vastos, pode também degenerar em dogmatismo, opiniões excessivas e descabidas e arrogância intelectual.
Para os Peixes, signo de Água, a energia Mutável encontra o seu campo de expressão na emotividade: é a aprendizagem do sentir. Há uma enorme sensibilidade, muitas vezes "osmótica" e uma permeabilidade a tudo o que é sentimento e emoção. Esta faculdade pode gerar muita empatia e compaixão mas, nalguns casos, é também fonte de auto-piedade, dispersão e caos emocional.
Para determinar o excesso ou a falta de um modo num mapa natal há que ter em conta a distribuição das principais energias desse mapa (Sol, Lua, planetas e o Ascendente) nos signos e também nas casa.
Elementos e Modos no Zodíaco
Vamos ver agora como os Elementos e Modos vão estar associados e caracterizar os doze signos zodiacais.
Ao combinarmos estes três Modos ou Qualidades com os quatro Elementos obtemos doze combinações diferentes. São estas combinações que definem grande parte das características dos Signos.
Os Elementos surgem no zodíaco com uma sequência definida e inalterável: Fogo, Terra, Ar, Água. Esta sequência inicia-se no signo de Carneiro e repete-se três vezes até ao último signo do Zodíaco, Peixes. Por isso muitas vezes os elementos são designados por Triplicidades (três signos para cada elemento)
Os Modos sugem na sequência: Cardinal, Fixo, Mutável, novamente começando no Carneiro e terminando em Peixes. Esta sequência repete-se quatro vezes, sendo os modos conhecidos também como Quadriplicidades (quatro signos para cada modo).
Ao fazermos a combinação obtemos:
Elemento + Modo = Signo

1 - Fogo + Cardinal = Carneiro
2 - Terra + Fixo = Touro
3 - Ar + Mutável = Gémeos
4 - Água + Cardinal = Caranguejo
5 - Fogo + Fixo = Leão
6 - Terra + Mutável = Virgem
7 - Ar + Cardinal = Balança
8 - Água + Fixo = Escorpião
9 - Fogo + Mutável = Sagitário
10 - Terra + Cardinal = Capricórnio
11 - Ar + Fixo = Aquário
12 - Água + Mutável = Peixes


Os Signos e o Zodíaco
Os Signos são o grande pilar da Astrologia. Eles representam os 12 modos de ser, os 12 modos de expressão da energia, as 12 fases do ciclo anual.
Tecnicamente são sectores de 30º da eclíptica - o caminho aparente do Sol ao redor da Terra. É nesta faixa que circulam também os planetas e a Lua.
A divisão é feita a partir do Equinócio da Primavera. Este evento marca os 0º de Carneiro. A partir daqui, fazendo divisões em sectores de 30º cada, surgem os restantes Signos. O Caranguejo marca o Solstício de Verão, a Balança (oposto a Carneiro) marca o Equinócio de Outono e finalmente Capricórnio (oposto a Caranguejo) o Solstício de Inverno.



Existem portanto 3 Signos por cada estação:
• Primavera: Carneiro, Touro e Gémeos
• Verão: Caranguejo, Leão e Virgem
• Outono: Balança, Escorpião e Sagitário
• Inverno: Capricórnio, Aquário e Peixes
A este conjunto ou faixa de 12 Signos chamamos Zodíaco, que significa disco da vida ou disco dos animais, devido a muitas das suas constelações representarem animais.
No entanto, é importante frisar que um Signo não é o mesmo que uma constelação, embora existam signos e constelações com os mesmos nomes. Uma constelação é um conjunto ou agrupamento de estrelas, enquanto que um Signo é, como dissemos, um sector de 30º da eclíptica cuja divisão surge dos ciclos do próprio planeta Terra.
Houve um tempo em que Signos e constelações coíncidiram; contudo devido a um fenómeno complexo, chamado Precessão dos Equinócios,começou a haver um desfasamento entre estes dois factores. Este desfasamento, que se vai acentuando ao longo dos séculos, dá origem às Eras Astrológicas.
Qual é então o significado prático dos Signos?
Cada Signo representa um modo de expressão, um processo. Nenhum Signo é igual a outro, assim como nehum é bom ou mau, cada um tem característica bem definidas.


- Carneiro representa a acção impulsiva baseada numa necessidade de exprimir um desejo, a identidade. Simboliza tudo o que é impulsivo, imediato, desde a precipitação não pensada ao pioneirismo.
Elemento: Fogo, Modo: Cardinal

- Touro representa a fase de estruturação, do adquirir de forma e substância. Simboliza todos os processos em que o sentido de ter e de valor estão envolvidos. A estabilidade é um tema deste Signo que tanto se pode manifestar por possessividade e teimosia ou como resistência e preserverança.
Elemento: Terra, Modo: Fixo

- Gémeos é o Signo da diversidade, da comunicação e do movimento constante. Caracteriza-se por uma necessidade de relativizar do Universo, uma constante conceptualização da vida e de todas as coisas. Os processos deste Signo são maioritariamente cerebrais, sendo a comunicação, a informação e entendimento uma parte muito importante. As manifestações podem variar desde a leveza e futilidade até à curiosidade e comunicação.
Elemento: Ar, Modo: Mutável

- Caranguejo é o Signo da maternidade, do conforto emocional, o nutrir e ser nutrido. Neste Signo as coisas vão ser vivenciadas através das ligações emocionais de conforto e desconforto com as experiências de vida. Este é o Signo do apego e da dependência e também da maternidade e protecção.
Elemento: Água, Modo: Cardinal

- Leão relaciona-se com a expressão criativa do ego. Representa todos os processos de procura de identidade. Todas as experiências de vida do Leão são vistas como uma transformação de identidade, um desafio à estrutura pessoal. É tanto o Signo da vaidade e egoísmo com o da dignidade e generosidade.
Elemento: Fogo, Modo: Fixo

- Virgem representa o processo da purificação e da busca da perfeição. Neste Signo vive-se a procura de eficiência e funcionalidade. Há nele uma necessidade inata de "arrumar, limpar e organizar" o Universo e a Vida. Neste Signo encontramos tanto a "piquinhice" e o criticismo como a eficiência e a ordem.
Elemento: Terra, Modo: Mutável

- Balança representa o confronto e a comparação entre o Eu e o Outro. Neste Signo, a busca do equilíbrio e a harmonia com o exterior são peças fundamentais. Há um forte impulso para os relacionamentos, pois os outros vão servir de espelho e de "válvula reguladora" a essa necessidade de harmonia.
Elemento: Ar, Modo: Cardinal

- Escorpião tem como temática o desejo e as suas consequências. Aqui o indivíduo vai ao encontro das suas motivações mais profundas (as "forças ocultas" que o movem) e também dos resultados dos seus actos. Este processo, que é um "teste de poder", implica uma transformação profunda da natureza emocional, uma "morte" de padrões comportamentais. É tanto o Signo da manipulação como o da purificação e regeneração.
Elemento: Água, Modo: Fixo

- Sagitário é o Signo da aventura e dos ideiais. Expressa o processo de busca de uma identidade maior, que relaciona o indivíduo não apenas com ele próprio mas com um significado mais colectivo e abrangente. Neste Signo tudo vai ser vivenciado segundo filosofias, valores e padrões de ética, que tanto podem ser dognáticos e doutrinadores, como altamente idealistas e éticos.
Elemento: Fogo, Modo: Mutável

- Capricórnio representa o processo de estruturação e hierarquização da Vida e de todas as coisas. Neste Signo, há uma necessidade de compreender as estruturas de poder geralmente associadas a uma vivência do social muito intensa. O posicionamente na estrutura geral de forças (status) é muito importante. São expressão deste Signo a avareza e a rigidez mas também a estratégia, a sobriedade e a estruturação.
Elemento: Terra, Modo: Cardinal

- Aquário representa o procesos de individualização e de reconhecimentos dos "papéis" sociais face ao colectivo. Neste Signo há uma tendência ideológica revolucionária que procura o entendimento do colectivo humano. Podemos também encontrar um certo orgulho intelectual e uma resistência em "ser como os outros". Sâo expressão deste Signo o humanismo, a fraternidade e a globalização, assim como a rigidez mental, o orgulho arrogante e a excetricidade sem sentido.
Elemento: Ar, Modo: Fixo

- Peixes é o último Signo do Zodíaco e, assim sendo, é nele que se sintetizam os processos de todos os Signos anteirores. Há uma tentativa de apreender emocionalmente o Todo: as coisas são vividas com grande sensibilidade emocional ao Universo. Como as fronteiras emocionais são difusas, existe a possibilidade de transcendência e "iluminação" mas também a de perda e desagregação do Eu. São expressões deste Signo a confusão e a "vaguez", asism como a intuição e a empatia.
Elemento: Água, Modo: Mutável
Estas doze qualidades (Signos) ou modos de ser vão "colorir" e qualificar os planetas, casas e outros pontos de um mapa natal. São o factor mais abstracto na Astrologia, mas também o mais importante e fundamental.
O Signo solar
Quando dizemos que somos do Signo de Balança (por exemplo), estamos, na verdade, a dizer que quando nascemos o Sol estava posicionado nesse Signo. A importância od Signo solar é muito relativa, pois há que ter em conta não só aLua e os outros planetas, mas também outros factores astrológicos, que podem estar posicionaod sme Signos completamente diferentes. Signifrica isto que saber o Signo solar não basta, de maneira nenhuma, para ter uma ideia, mínima que seja, da estrutura psicológica de um indivíduo. Assim, qualquer afirmação (seja uma interpretação de personalidade ou uma previsão) baseada apenas no Signo solar, é, sempre, extremamente incompleta e descontextualizada. (Assim, podemos comprender que os chamados "horóscopos de revista" que são derivados do Signo solar são uma forma simplista e redutora de dar informação astrológica e em nada contribuem para a correcta divulgação da Astrologia).
O Zodíaco
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito antiga. Foi, provavelmente, definida pelas civilizações mesopotâmicas à 7.000 anos.
Podemos encontrar representações do Zodíaco em quase todas as civilizações antigas, mesmo as mais orientais. Apenas muda o seu nome e o das 12 constelações (ou signos) que o constituem.
Do ponto de vista Astronómico o Zodíaco é uma faixa de constelações na qual a partir da Terra se podem observar os movimentos do Sol (através da linha imaginária chamada eclíptica), da Lua e dos planetas.
Ao observar isto, os antigos definiram nesta faixa doze constelações, que representariam "lugares" ou "terrenos" por onde os vários astros estariam situados e que lhes dariam diferentes características. Estas doze divisões foram provavelmente originadas pelas estações do ano (ver próximo artigo) e pelo movimento lunar.
Constelação versus Signo
Em Astrologia falamos de signos e não de constelações. Qual a diferença? Na antiguidade os astrólogos decidiram (porque a Astrologia é um conhecimento basicamente simbólico) associar e definir o Zodíaco a partir dos ciclos naturais do nosso planeta.
Assim sendo, os signos passaram a ser definidos pelos equinócios e solstícios e não pelas constelações. Esta definição foi introduzida pelos gregos na época clássica. Parte da razão pelo qual isto aconteceu foi a discórdia geral de onde começava e terminava cada constelação.
O signos foram definidos como divisões de 30º do Zodíaco (ou melhor da eclíptica) começando os 0º ou zero de Carneiro (ou ponto vernal) com o equinócio da Primavera e fazendo divisões sucessivas de 30º, tendo como marcadores os 0º de Caranguejo (solstício de Verão), 0º Balança (equinócio de Outono) e 0º de Capricórnio (solstício de Inverno).
É devido ao facto de haver esta diferença entre Signo e Constelação que o movimento celeste conhecido por Precessão dos Equinócios faz com que actualmente as constelações e signos não coincidam.
Quando alguém diz que que nasceu no Signo da Balança (referindo-se, portanto, ao signo solar) ficará, talvez, surpreso ao descobrir que, do ponto de vista astronómico, o Sol estava, afinal, na Constelação de Virgem.
Este facto não invalida a Astrologia, como tantas vezes se afirma, apenas realça uma diferença substancial de método e de abordagem em relação à Astronomia.
A Astronomia estuda os astros enquanto corpos físicos e a Astrologia estuda esses mesmos astros numa perspectiva simbólica.
CHEGOU O TEMPO DO HOMEM RESPONSABILIZAR-SE POR SI, SEUS ATOS , IRMÃOS , POIS SOMOS TODOS UM E NOSSO LINDO PLANETA AZUL , A CASA DE TODOS NÓS , INDEPENDENTEMENTE DE COR, RAÇA OU QUALQUER OUTRA DIVERGÊNCIA.
NÃO PODEMOS MAIS FICAR PARADOS ESPERANDO QUE ALGUNS HOMENS TOMEM PARA SI ESTA RESPONSABILIDADE POR SE ACHAREM MAIS CAPAZES QUE OS OUTROS.
PRECISAMOS ASSUMIR NOSSA RESPONSABILIDADE POR NOSSA VIDA E POR TODO O PLANETA, JÁ QUE ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO OU NAVE OU...
CREIO QUE A SOCIEDADE DEVE SE UNIR E TRABALHAR COM AFINCO POR SUA MELHORIA E NECESSIDADES, POIS NÃO PODEMOS MAIS DEIXAR QUE OS POLÍTICOS, PROFISSIONAIS QUE JÁ DEMONSTRARAM SUA INEFICIÊNCIA NO MUNDO, COMANDEM E CONTROLEM TUDO DEIXANDO ABISMOS SOCIAIS QUASE QUE INTRANSPONÍVEIS.
PRECISAMOS REVERTER ESTE QUADRO RAPIDAMENTE SE QUISERMOS TER ALGUM FUTURO, POIS O PLANETA NÃO AGUENTA MAIS TANTA INSENSATEZ, EQUIVOCOS E DESAMOR.
VAMOS LUTAR POR UM MUNDO MELHOR PARA TODOS COM MUITA CIDADANIA E VONTADE DE DAR CERTO, POIS É DE TODOS NÓS ESTA RESPONSABILIDADE.
EDUCAÇÃO, SAÚDE , ALIMENTAÇÃO E HABITAÇÃO , SÃO NECESSIDADES BÁSICAS E NÃO PODEMOS MAIS PERMITIR TANTAS DESIGUALDADES.
O PLANETA É DE TODOS E TODOS DEVEM VIVER BEM NELE. PORTANTO VAMOS MUDAR O MUNDO EDUCANDO NOSSOS IRMÃOS PARA QUE ELES POSSAM VER QUE SÓ EXISTE UMA GRANDE TREVA: A IGNORÂNCIA.

LGA